Vai receber algum dinheiro do IRS? Sugestões

Desde que o IRS se pode pôr pela Internet que o ponho logo nos primeiros dias. Não há desculpa para arrastar, demora-se 5 minutos a preencher e por norma sou sempre das primeiras a receber. No meio do grande caos que é o sistema contributivo português, devemos pelo menos tentar recuperar o IRS que lá deixámos. Eu falhei por 100 euros! Grrr...
E hoje, nem de propósito, surgiu-me um post exactamente sobre isso: o que fazer com o IRS que se recebe? Ou outra soma não regular de dinheiro? (http://www.doughroller.net/taxes/10-ways-to-use-your-tax-refund/)
Não há ninguém que tenha um sítio já predestinado para investir o dinheiro. Todos temos necessidades, projectos adiados, dívidas a serem pagas... Mas, por vezes, e algumas vezes me aconteceu, por falta de planeamento a maior parte desse reembolso de certa forma... desvanecia-se no ar...
"E isto agora faz-me falta". "E eu mereço este par de sapatos". "Há quanto tempo não vou passar um fim-de-semana fora?". Feio, muito feio.
Quando preenchemos a declaração, o site das finanças diz automaticamente quanto iremos receber. Porque não fazer então um planeamento? E cumpri-lo...

Algumas ideias:

1. Criar um fundo de emergência
Falam em pelo menos um mês de despesas. Ou dois ou três. O que for: faz toda a diferença no nosso sossego, saber que aquele dinheiro está lá. Fez toda a diferença na minha vida e, ao contrário do que eu pensava quando o iniciei, não tenho a mínima intenção de lhe mexer.

2. Pagar dívidas
Seja o cartão de crédito, o descoberto da conta ordenado, fazer um pagamento adicional à casa: não há quem não tenha alguma dívida e um pagamento extra, por pequeno que seja, fará sempre diferença no montante de juros que se pagará no final do empréstimo.

3. Começar um PPR
Dizem que já compensou mais fiscalmente, mas todos conhecemos as péssimas previsões para as reformas estatais: é das melhores ideias da lista. Começar e depois fazer depósitos mensais, por mais singelos que sejam, farão toda a diferença quando já tivermos mais que cansados para pensar em dramas de "final do mês".

4. Modernizar um móvel ou electrodoméstico.
Eu usei um frigorífico mais velho do que eu durante 4 anos. Nem quero imaginar a energia que ele gastava. Por vezes, comprar um móvel ou um electrodoméstico novo pode fazer toda a diferença na nossa qualidade de vida. Sem contar com a poupança que pode criar (tipo um frigorifico...). Fazer uma análise realista e perceber se aquele melhoramento é mesmo essencial. Se for, é dos melhores investimentos.

5. Fazer obras em casa.
Este é mais para os proprietários do que para os arrendatárias. Para além de melhorar a nossa qualidade de vida, aumentamos o valor da nossa para casa, para o caso de um dia a querermos vender ou alugar.

6. Tirar um curso.
É sempre um investimento, principalmente em alturas como esta, em que um bom profissional tem de estar sempre a desenvolver o seu conhecimento para não ser passado para trás. O mundo move-se tão depressa, e com desenvolvimentos tão abruptos, que o esforço para se estar a par da última novidade será sempre compensado.

Existem outras opções para fazer o investimento do dinheiro, mas esta é a minha lista. Há quem pondere fazer uma viagem, começar um negócio, doar para caridade - todas são opções válidas, desde que sejam tomadas em consonância com a vida e as necessidades de cada um.
Eu possivelmente vou fazer um mix: 60% para a opção 1, 30% para a 2 e 10% para ficar a pairar na conta à ordem. Não é muito, mas é sempre uma lufada de ar fresco nas minhas pobres finanças empoeiradas.

Apesar de que esta cluth da Céline também vinha em muito boa hora... (in your dreams, girl!)
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